Ana Luísa Maciel: “Está na hora de virar a página e começar um novo capítulo”
- Tiago Pereira
- 22 de dez. de 2018
- 4 min de leitura
Ana Luísa Maciel, 20 anos, é natural do Porto e está prestes a concluir a licenciatura em Comunicação Social na Escola Superior de Educação de Coimbra. Viemos conhecer um pouco mais sobre o longo caminho desta estudante.

1- Porquê a cidade de Coimbra e o curso Comunicação Social?
- “Na verdade, Coimbra nunca tinha sido uma opção para mim. Aliás, quando chegou o momento de me candidatar ao ensino superior eu estava completamente focada e decidida a ir para Lisboa. Achava que as maiores e melhores oportunidades estavam lá, e além disso queria muito sair daquele que era o meu meio no Porto, e começar uma nova etapa num lugar completamente diferente. No entanto, como sabes, as médias em Lisboa são altas e, portanto, não consegui entrar na primeira fase. Depois disso, o meu padrinho que tinha estudado em Coimbra insistiu para que eu procurasse algo cá porque achava que era o sítio ideal para mim. Eu decidi seguir o conselho dele, comecei a investigar, e eis que me deparei com este curso que prometia uma vertente mais prática, o que me interessou bastante, porque ia de facto poder pôr em prática os conhecimentos que ia adquirindo. E pronto, assim foi, candidatei-me na segunda fase, entrei, e ainda bem que o fiz!”
2- Após estes três anos de licenciatura, sentes-te preparada para o mercado de trabalho? Quais as tuas expectativas?
- “Sinceramente acredito que sim! A nível de conhecimentos sinto que aprendi imenso nesta instituição, e neste curso, que me preparou bastante bem para muitas das situações que no futuro certamente terei de enfrentar no mundo do trabalho. No entanto, também não escondo que, a nível emocional, a ansiedade é muita. Por um lado, sinto que está na hora de virar a página e começar um novo capítulo, e esta ideia de estagiar numa entidade que sempre esteve muito presente na minha vida, e depois ingressar neste grande mercado de oportunidades é algo que me entusiasma muito. Por outro lado, claro que o facto de ser uma novidade na minha vida, algo desconhecido, também o torna um bocadinho assustador, mas é bom! É motivador!”
3- Porquê em mente a TVI como local de estágio?
- “Eu escolhi a TVI por duas razões. Primeiro, a razão que me fez querer muito esta entidade foi o facto que desde muito pequenina que me recordo da TVI ser a estação predileta lá em casa. Eu passava grande parte do meu tempo em casa da minha avó Luísa, e ela vê muita televisão, é uma grande companhia para ela. Mas também só vê TVI, recusa-se a ver outro canal. O meu avô quando ainda era vivo também cismava com o mesmo, naquela casa ninguém muda o canal. Então tenho ainda memórias muito presentes de ver vários programas com eles e de ouvir o meu avô a dizer que o sonho dele era um dia ver-me daquele lado. Sempre lhe prometi que um dia me iria ver ali, e pronto, espero um dia conseguir cumprir essa promessa, quem sabe já em 2019! Por outro lado, oura razão que influenciou muito a minha decisão é o facto da TVI ser a casa que é. Tem muita história, algo que eu gosto, e faz também parte da história de muitas pessoas, assim como faz da minha. Tendo em conta que o curso me oferece a oportunidade de realizar um estágio curricular numa entidade destas dimensões, a única opção possível a meu ver é aceitar e agarrá-la com toda a força pois não sei se algum dia mais tarde terei a mesma oportunidade de voltar a entrar lá e trabalhar e aprender com eles.”
4- Sentes alguma insegurança para esta mudança na tua vida?
- “Como já referi anteriormente, claro que sim. Sinto-me muito entusiasmada, mas também extremamente nervosa. Vamos entrar num mundo que nos é completamente desconhecido e penso que a insegurança seja normal. Mas até considero este nervosismo positivo, é boa esta sensação de fazer algo novo, diferente do que estamos habituados! Mudar de cidade, e adaptar-me a uma rotina diferente penso que vai ser uma experiência muito positiva, que me vai ajudar a evoluir.”

5- Depois do estágio, desejas prosseguir com os estudos ou começar a vida profissional?
- “Depois de concluir o estágio curricular, o ideal para mim seria ter alguma proposta que me desse a liberdade de continuar em Lisboa, a trabalhar na área para a qual ainda hoje estudo. O desejo de ingressar no mundo de trabalho e começar a minha vida profissional é muito grande, cada vez maior. No entanto, caso após o estágio não tenha oportunidades em vista, dentro desta nossa área da comunicação social, penso que o meu futuro passará então por fazer um mestrado.”
6- Quais os teus planos para o futuro?
- “Eu não gosto de fazer muitos planos, até porque já tive várias vezes algumas provas de que por mais planos que tenhamos, a vida por vezes tem planos diferentes para nós. Acredito que o que tiver de acontecer, acontece. E também sonho muito! Por isso, idealmente, o que eu gostava muito que fosse o meu futuro seria depois de terminar o estágio curricular na TVI, ter a hipótese de ficar a trabalhar em televisão, que é o que mais me fascina dentro da nossa área, e se possível em Lisboa, uma cidade com a qual simpatizo muito.”
7- Por último, gostaria de saber o momento mais marcante neste percurso académico.
- “Foram muitos os momentos que ao longo de 3 anos deste meu percurso me marcaram, e escolher só um é um bocadinho difícil. Vivi aqui muitos momentos felizes, que guardo para sempre comigo, mas acho que aquele que me marcou assim mais talvez tenha sido o dia do cortejo da queima das fitas do ano passado. Estivemos um ano inteiro a trabalhar em grupo para o cortejo. Foi algo que envolveu muito dinheiro, muito tempo, e muita dedicação, mas nesse dia tivemos a prova do valor do nosso esforço de equipa. Foi um dia muito bonito, em que nos limitamos a aproveitar e desfrutar dos frutos do nosso trabalho, e viver isso com pessoas que se tornaram naquela que é a minha segunda família quando estou longe de casa foi muito especial. No final do dia tive mesmo um sentimento de missão cumprida, de que a minha viagem aqui estava completa, e que estava na hora de me começar a preparar para um futuro um bocadinho mais distante desta vida académica. Para algo maior, e certamente melhor!”
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