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Licenciadas, e agora?

  • Danniela Alves | Jéssica Jubilado | Joana Diogo |
  • 4 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Finalizada a licenciatura, são vários os desafios que se colocam às recém-licenciadas e à sua entrada no mercado de trabalho.

Há pouco menos de um ano eram meras alunas de comunicação social e desconheciam o seu futuro, hoje empregadas na área da sua formação, dão o seu testemunho sobre as suas experiências pessoais, com perspetivas completamente diferentes das que marcaram o início dos seus percursos.



Bárbara Figueiredo, Coimbra

Todos os alunos de Comunicação Social (CS) têm expetativas quanto ao curso e às oportunidades de trabalho que terão ao longo do seu percurso pessoal, académico e profissional. Bárbara Rodrigues não é exceção. Para a antiga aluna, o curso da ESEC correspondeu às suas expetativas. “Procurava algo que tivesse também uma componente prática, porque acho que, apesar da parte teórica ter muita importância, a prática está a ser cada vez mais valorizada e não pode ser descartada quando se pensa num trabalho futuro”, refere. Como tal, o curso esteve à altura daquilo que pretendia. Contudo, considera que existem sempre melhorias a fazer. E dá como exemplo os métodos de algumas cadeiras, explicando que “Estão sempre a tempo de serem melhorados. Quanto mais realista for a visão que se dá aos estudantes (comparativamente ao mercado de trabalho), melhor será.” Bárbara Rodrigues, fala também da experiência que teve na Agência Lusa. Foi nesta agência de comunicação portuguesa que fez o seu estágio curricular e considera que foi uma experiência ótima. “Foi o local que me fez perceber a profissão a que aspirava, em todos os sentidos.” Bárbara é da opinião que escrever numa agência é uma escola incrível, pelo facto de ser diferente da escrita para outros órgãos de comunicação. Por fim, diz-nos que não é o estágio que tem que nos abrir portas. “Somos nós quem tem de as abrir. É a nossa atitude, esforço e amor pela profissão o que vai determinar tudo”, explica-nos quando questionada sobre a que importância tem o estágio curricular para termos emprego na nossa área de formação. “Podemos até não ficar a exercer no local de estágio. Às vezes isso acontece por falta de verbas de contratação. Mas, se tivermos trabalhado para tal e não desistirmos de bater às portas de outros sítios, podemos vir a ter sucesso.” Termina com um alerta “ Se forem trabalhar para jornais universitários ou algo dentro desse registo, não ganhem vícios incorretos. Trabalhem sempre e pratiquem o máximo que vos for possível.” Quanto às dificuldades que têm os licenciados em CS, Bárbara informa-nos que a maior dificuldade que notou, quando terminou a licenciatura remeteu para a pouca oferta de trabalho. É importante perceber que vamos enfrentar essa realidade, mas ao mesmo tempo acreditar: “Ok, é praticamente nula, mas não é 100% nula”, portanto vou ter que me mexer por todo o lado”, esclarece, ressaltando que é importante irmos tendo vários projetos e criando as nossas próprias possibilidades de os divulgarmos. Termina dizendo, que essa mentalidade resultou com ela e que acredito que também resultará com os melhores que aí estão para vir, destacando, assim, que quem é realmente bom no que faz, tem maiores hipóteses de vir a ser jornalista num meio de comunicação social.


Joana Beja, Coimbra


Com o curso concluído em Comunicação Social, na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), Joana Beja afirma que a licenciatura não correspondeu às suas expetativas, “esperava que fosse ainda mais prática e que os alunos tivessem acesso a outro tipo de material.” Diz ainda que não se ajusta às exigências dos trabalhos que os alunos realizam.

Declarou também que o estágio não lhe abriu muitas portas, tendo em conta que a equipa já estaria toda definida “há mais de 15 anos”, contudo fora uma ótima experiencia.

Questionada sobre a maneira com que a formação académica contribuía para a preparar para o mercado de trabalho, a jovem alertou para importância dos trabalhos elaborados em contexto sala de aula, que transmitem conhecimento acerca dos “direitos e deveres enquanto jornalistas ou aprendizes”

Joana deixou ainda conselhos aos estudantes de CS para que tenham uma “atividade extracurricular onde possam aprender e ganhar currículo”, tendo em conta que a própria esteve no Jornal Universitário, “A Cabra” e garante ter sido uma grande escola. Acrescenta também a importância de olharmos para Comunicação Social de várias perspetivas, é muito mais do que jornalismo “é saber escrever, entrevistar, mexer com os conteúdos audiovisuais.”

Finalizando a entrevista, realça os maiores entraves e desafios com que um recém-licenciado em Comunicação Social se depara, como a saturação da área, as poucas vagas, em relação à enorme procura.

“Essa é a nova oportunidade para nós, recém-licenciados, termos a capacidade de olhar à nossa volta e encontrar a oportunidade” Afirma por último, a recém-licenciada, Joana Beja.



 
 
 

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